Ao nível do mar e com o meia santista Molina inspirado, o San José-BOL não foi páreo para o Peixe. Nesta terça-feira à noite, na Vila Belmiro, o Alvinegro, cheio de gás, aplicou sobre o time time boliviano a maior goleada da Libertadores-2008 até o momento: 7 a 0. Com isso, devolveu - com juros - a derrota sofrida em Oruro, no último dia 19, a 3.700 metros de altitude. Com o resultado, o Peixe vai a sete pontos e cola no líder do Grupo 6 da Taça Libertadores, o Cúcuta-COL, que tem oito.
Uma moleza
O Santos não perdeu muito tempo. Engasgado com a derrota em Oruro, foi para cima do San José e, desde o início, apertou o time boliviano. Logo aos quatro minutos, Kléber acertou uma bomba de pé esquerdo e obrigou o goleiro Vaca a fazer boa defesa.
Aos sete e 14 minutos, Wesley teve mais duas chances e desperdiçou ambas. Na primeira, ele recebeu na pequena área, de frente, e chutou para cima. Na segunda, o atacante invadiu a área, passou por Palácios e, na hora de concluir, ficou na dúvida entre cruzar para Molina e chutar a gol. Não fez uma coisa, nem outra, e a bola passou à esquerda. O gol santista estava maduro. Os gols, aliás. E eles começaram a sair aos 17. Kléber cobrou falta com precisão na cabeça de Domingos, que golpeou firme, livre de marcação, e abriu o placar.
O San José mostrou que só vai bem a 3.700 metros de altitude. Sem este aliado, é uma equipe muito limitada. Falha nos passes, nos arremates a gol e na marcação. Sorte do Santos, que ampliou aos 22. Molina recebeu pelo meio, limpou a jogada e bateu colocado, de canhota. Acertou o canto esquerdo. O colombiano fez mais um aos 32. Wesley fez jogada individual e passou para o meia gringo, que bateu de chapa, bem no canto esquerdo.
A vitória estava definida. Para piorar a situação dos visitantes - e tristeza da grande torcida boliviana que compareceu à Vila Belmiro (dez ônibus no total) - o lateral Palácios acertou uma entrada criminosa em Kléber e acabou expulso.
Com a vitória muito bem encaminhada, o Santos diminuiu o ritmo e apenas administrava, com toques de lado e procurando apenas atacar na boa. Apesar do amplo domínio santista, quem fazia a festa era a torcida boliviana. Isso mesmo. Os visitantes cantavam e até arriscavam um olé nas raras vezes que o San José acertava passe.
Mas a torcida santista era maioria e voltou a vibrar e a calar os torcedores do San José aos 18 minutos, quando Molina marcou seu terceiro gol, o quarto do Peixe, completando de primeira mais um cruzamento perfeito de Kléber.
Faltava o do artilheiro. Após o quarto gol e diante de tamanha facilidade, começou um movimento para que Kléber Pereira deixasse sua marca. Os santistas pegavam a bola e sempre buscavam o goleador. Até que, aos 35, saiu o gol do matador. Kléber cobrou falta da esquerda, à meia-altura, e o seu xará completou de pé esquerdo. A bola ainda bateu no goleiro antes de entrar.
A torcida ainda comemorava o gol de Kléber, quando Michael Jackson Quiñonez marcou seu primeiro gol com a camisa do Peixe. Ele invadiu a área pela esquerda e tocou por baixo do goleiro. Olé na Vila!
Calma, internauta ainda não acabou. Aos 41, Molina ainda fez mais um. Não perca a conta, é o sétimo gol, o quarto de Molina. Ele recebeu pela direita, cortou para dentro e chutou certeiro.
Ao final da partida, as atenções dos torcedores já estavam voltados para o Paulistão. Mesmo eliminado, o Peixe ainda pode prejudicar o Corinthians se perder para a Ponte Preta, no próximo domingo. Por isso, o coro:
- Ê, ê, ê, ê, entrega para a Ponte!
SANTOS 7 x 0 SAN JOSÉ-BOL | ||
Fábio Costa Denis (Fabão) Domingos Betão Kléber M. Guerreiro Rodrigo Souto R. Tabata (Quiñonez) Molina Kléber Pereira Wesley (Tiago Luís) T: Emerson Leão | Daniel Vaca Luis Palacios Carlos Alvarenga Carlos de Castro Enrique Parada Sandro Coelho Gerson García Rolando Ribera Darwin Peña (Salcedo) David Cerutti (Moreson) Alex Da Rosa (Palavicini) T: Marcos Ferrufino | Gols: Domingos, aos 17, Molina, aos 22 e 32 do primeiro tempo; Molina, aos 18, Kléber Pereira, 35, Quiñonez, 36, Molina, aos 41 |
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